sábado, janeiro 17, 2009

Alguns dos melhores sons da actualidade...

O ano 2008 foi, para mim, muito bom em termos musicais.
A lista que aqui deixo não tem qualquer ordem de preferência, porque considero muito difícil fazê-lo.
Sendo assim: (pede-se o favor de acompanhar o texto com as músicas aqui embedadas. Se não gostarem dessas, eu dou sempre oportunidade de escutar outras, não se preocupem!)

TV On The Radio
Uma das bandas mais originais e consistentes da actualidade.

Esta é a música de abertura do último álbum Dear Science, e é apenas uma amostra das obra de arte que percorrem as 12 músicas do CD.
Não consigo catalogar o estilo deles, já que a mistura de sons é que faz deles especiais. Quase invariavelmente, as músicas começam calmas, melódicas, ritmadas, e acabam em grandes apoteoses, guitarradas (nada muito pesado, ok?) que nos fazem entrar num estado Zen -pelo menos a mim.
Músicas como DLZ ou Love Dog são outras amostras divinais deste álbum, mas garanto que não é fácil encontrar uma música que não roçe a perfeição.
De álbuns anteriores, há a destacar Return To Cookie Mountain, uma obra de arte de nível igual ou superior ao Dear Science, com uma amálgama de sons ainda mais premente, que vão desde o rap, ao funk e, invariavelmente, ao rock e ao indie.


Bon Iver
"And now... For something completely different"

Bon Iver é, digamos assim, o nome artístico de um gajo do Texas, que se agarra a uma guitarra e faz maravilhas. A grande revelação de 2008 (a meu ver) tem músicas intimistas, junta-lhes uma voz diferente e sai um resultado a todos os níveis impressionante.
Eu diria que primeiro estranha-se, depois entranha-se, tal é a capacidade desta americano com nome francês seduzir-nos com as suas melodias. Flume e Stacks retratam aquilo que se passa ao longo dos 9 temas do álbum For Emma, Forever Ago.
E de referir que este foi apenas o primeiro álbum do rapaz. A seguir com atenção.


Fleet Foxes
Mais uns indivíduos malucos barbudos e com cabelo desgrenhado que se juntam e rebentam com quase todos os prémios do ano transacto.

A banda com a capa mais maluca de 2008 tem também uns dos álbuns mais interessantes do ano.
A mistura do folk (a chamada música tradicional da zona de cada um) com as guitarras límpidas e melódicas, adicinadas à voz de um gajo que, a julgar pela voz, parece um menino de coro, dá nisto. Posso estar a tornar-me repetitivo, mas é também um nome a não largar de vista - ou do ouvido.
He Doesn't Know Why e White Winter Hymnal são mais duas faixas que exemplificam o que de novo trouxeram estes senhores de Seattle com o álbum homónimo.
E para vermos a actividade criativa que corre no sangue deles, no mesmo ano do lançamento do primeiro LP, lançam também um EP.


Deerhunter
Podem andar à caça de veados, mas andam acompanhados de boa música.

Esta banda é uma confirmação. Tem no seu líder um homem incorformado, que desenvolve diversos projectos paralelos, pautados sempre pela qualidade (vide Atlas Sound).
A este Microcastle foi adicionado o Weird Era Continued, que não passa senão de uma continuação, já que primeiro saiu para o mundo da internet muito antes do lançamento oficial (quase meio ano, vejam só), havendo assim necessidade de a banda trazer algo de novo.
Com as músicas Microcastle e Nothing Ever Happenned a demonstrarem o sentimento de um álbum 2 em 1, o resultado é completamente positivo.


Glasvegas
Banda escocesa (Glasgow), com um som cheio de glamour (Las Vegas).

Músicas com sentimento, cheias de melodia e com o amor como pano de fundo.
Estes escoceses vieram posicionar-se numa área do rock com bastante saída, de momento. Mas fazem-no de forma sublime, sem nunca deixar que a sua identidade se perca. Uma das primeiras coisas que me occoreu quando os ouvi foi "Olha os The Killers!", precisamente pelo tipo de abordagem musical que têm.
Daddy's Gone e Geraldine demonstram um pouco essa semelhança.
O sotaque pronunciadíssimo do vocalista dá-lhes um toque ainda mais especial, o que lhes confere um reconhecimento quase imediato quando as suas músicas começam a tocar.


The Kills
Uns The White Stripes invertidos mais soft.

A referência aos White Stripes só lá está, porque os membros da banda são dois e porque fazem música a sério.
Já não são propriamente uns estreantes nestas andanças, mas o álbum Midnight Boom foi realmente um grande boom na sua carreira. Conseguem conjugar a acalmia com o completo desvario, sempre com o efeito desejado.
Tape Song e U.R.A Fever são mais duas músicas a não perder, mas todo o álbum é bastante consistente, podendo (quase) todas as músicas serem singles.


Elbow
Banda inglesa, que prima pela introspectividade.

As músicas são de uma leveza impressionante, óptimas para ouvir no escuro do quarto. Quase todas as músicas do The Seldom Seen Kid andam à volta desta aura intimista, excelente música de fundo para uma conversa, para tomar um copo ou simplesmente para ouvir sem grandes preocupações.
The Fix e Mirrorball andam a roçar o perfeito, bem como grande parte do CD.


Santogold
Esta senhora tem seguramente o prémio de capa mais asquerosa de 2008.

Mas o seu conteúdo é refrescante, inovador e surpreendentemente cativante.
Música electrónica, rock, pop... Uma amálgama de sons combinados magistralmente.
Uma das boas surpresas de 2008, a fazer lembrar M.I.A em 2007, numa onda não tão hip-hopiana.
Não se consegue passar indiferente a músicas como You´ll Find a Way ou I´m A Lady, para além do tão badalado single L.E.S Artistes.


Para além destes artistas, há ainda a considerar as tão badaladas revelações do ano: Vampire Weekend e MGMT, para além dos consagrados Beck, Portishead e Sigur Rós, por exemplo.

2008 foi uma boa colheita!

alfalfa

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sexta-feira, janeiro 09, 2009

Porque sim.







Um dia destes havemos de repetir a brincadeira.

Side Effect